quarta-feira, novembro 24, 2004

dExistenz


Desisto. Vem daí o dê d’hoje. Dos dias em que se é mulher no mais escatológico sentido do termo. Monstro que ainda pode parir, mas não pare e que perde - nessa putativa condição - o corpo e a alma.
Hoje sou um vegetal e trocava o meu por qualquer corpo. Sem restrição de cor, credo, raça ou faixa etária.
Só com uma pequenina condição: que fosse o de um homem no activo.
Não me levem a mal, minhas senhoras: não é discriminação. É que tenho algumas conversas d’homem para homem a pôr em dia; e uma lição a dar, com dois pares de anos de atraso, a uma morena convencida que a amizade é um passaporte de acção ilimitada e consequências nulas.Só mesmo com uma G3 em riste, não vos parece, cavalheiros?

Eu avisei: M de mulher tem o seu dê de monstro.

Mas falamos depois, porque hoje é dia dExistenzia e o sem abrigo disse-me que a bondade do Sr. Vuitton não é mais do que uma forma encapotada de investimento imobiliário na vida futura.Sagaz é o entendimento de quem não perde tempo.

1 Comentários:

Blogger J disse...

A condição de homem não se ajusta necessáriamente à posse da espingarda ou outro objecto cujo fim último seja o de ferir, de regular contas passadas ou criar novas entradas contabilisticas nesse perpétuo movimento do comércio da fúria, da raiva, do poder. A condição de homem estará mais perto do cajado irmão, seguro com mão viril, que semeia, que colhe, que acamarada com os ventos do caminho, como se eles fossem unguentos benevolentes.Dito isto, argumentarei que cavalheiro é nome de puta.Baioneta.

5:01 da tarde  

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