segunda-feira, julho 14, 2008

Blowing in the wind

Eu bem te disse que ao entrar fechasses bem a porta para não deixares passar o vento.
O vento é capaz de pôr em causa a mais perfeita das harmonias e, ainda assim, passar incólume.

Não o vento robusto de que se compõem rajadas e que uiva e que ulula para que saibam que, apesar de invisível, ele está ali e quer ver reconhecida a autoria dos estragos.

Não esse vento-homem, mas aquela aragem fina, ainda imperfeita mas já pujante, ferida de pequenas brechas e em uma lamúria constante...um sopro insinuante e desordeiro que vai almofadando os nossos passos até que, de súbito, no momento certo, nos causa - impávido - o maior dos embaraços.

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