Mare Nostrum
Às vezes sentávamo-nos diante do mar.
Passávamos a vida diante do mar.
Raramente falávamos.
O mar era um projecto demasiado tempestuoso.
Demasiado vasto para comentários.
E as vagas do nosso entusiasmo,
as vagas ouviam-se melhor assim: no silêncio em que o mar nos educou.
Quem não teria senão pensado nele?
Quem poderia ter ousado imaginar para além da sua majestosa evidência?
Quem poderia prever que se esgotaria, mil marés depois?
Qual de nós ousaria, enfim, sobreviver-lhe?
Às vezes sentávamo-nos diante do mar.
Passávamos a vida diante do mar.
Raramente falávamos.
O mar era um projecto demasiado tempestuoso.
Demasiado vasto para comentários.
E as vagas do nosso entusiasmo,
as vagas ouviam-se melhor assim: no silêncio em que o mar nos educou.
Quem não teria senão pensado nele?
Quem poderia ter ousado imaginar para além da sua majestosa evidência?
Quem poderia prever que se esgotaria, mil marés depois?
Qual de nós ousaria, enfim, sobreviver-lhe?
Às vezes sentávamo-nos diante do mar.
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