O Bosque - III. Verdes corações de folha

Dizem que quando crescer não serei
Tanto quanto as outras,
Árvores loucas, de porte imenso.
Mas sei que serei de um encanto intenso
E que, como eu, Olaia, haverá poucas.
Ainda não trarei vestido o meu vestido,
Tecido de verdes corações de folha
E, ainda assim, já neste jardim
Como em qualquer rua,
Hei-de posar - ousada - em minha pele castanha e nua
Enquanto um luxurioso manto, bordado só a flores, cairá sobre mim.
Lendas antigas
Falam de um Judas
Que usou meus ramos por razões obscuras
E assim morreu.
Mas mais forte que a morte que a história transporta
É esta minha presença junto a cada porta
E ser dos vossos lares a mais fiel memória.
O mais forte é ser eu.
Tanto quanto as outras,
Árvores loucas, de porte imenso.
Mas sei que serei de um encanto intenso
E que, como eu, Olaia, haverá poucas.
Ainda não trarei vestido o meu vestido,
Tecido de verdes corações de folha
E, ainda assim, já neste jardim
Como em qualquer rua,
Hei-de posar - ousada - em minha pele castanha e nua
Enquanto um luxurioso manto, bordado só a flores, cairá sobre mim.
Lendas antigas
Falam de um Judas
Que usou meus ramos por razões obscuras
E assim morreu.
Mas mais forte que a morte que a história transporta
É esta minha presença junto a cada porta
E ser dos vossos lares a mais fiel memória.
O mais forte é ser eu.
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