O que Fazemos dos Sonhos que Temos - II. Maninho...
...Enquanto Criança.
Na 2ª Caixa o menino está no meio. Tem dois olhos redondos como dois olhos redondos.
Com uma vontade inquieta de saltarem das órbitas.
Para verem mais.
Para verem melhor.
Para verem tudo.
O Maninho tem bichos-carpinteiros e sabe bem que tem, porque quer ficar quieto e não fica.
Quer obedecer à mãe e não consegue.
Quer ter boas notas e não chega lá.
Quer pensar e não tem tempo.
O Maninho tem bichos carpinteiros que lhe carpinteiram a vida.
Prá frente e pró lado e pra cima e pra baixo e pra cima, como se fosse um pássaro e esvoassasse.
O Maninho é um gavião.
Não voa.
E "o Gavião não voa porque leva muito peso não costas."
É o que dizem, a mãe e as vizinhas.
Mas o puto está sempre pronto pra rir.
Mesmo quando a coisa não tem muita graça.
Mas uma coisa que não tem muita graça é muito engraçada. Pró Maninho, claro!
Quando for grande quer ser faroleiro das Merlengas ou do Triâmbulo Diabólico das Barbudas.
A mãe conta-lhe, à noite, que o Triâmbulo leva as pessoas para longe de tudo.
Rouba-as aos sítios, fá-las desaparecer com o barco, de repente.
Se ele for faroleiro do Triâmbulo há-de descobrir para onde vão as pessoas e aí salta do farol e apanha boleia e não volta mais.
O miúdo tem na mão 3 saquinhos de terra que lhe fez a mãe.
Já é a centésima milionésima vez que o Maninho rasga os saquinhos sem conseguir controlar a vontade de espalhar a terra por todo o lado, esbracejar em todas as direcções.
É a coisa mais engraçada do mundo!
Ele farta-se de rir e só quando os saquinhos se esvaziam é que ele se cala e sossega.
E quando pensa muito na mãe que vai gritar com ele e ficar triste com a vida.
Depois o Maninho sorri.
Os olhos dele entram em rotações e em translacções.
Porque ele sabe que a mãe lhe vai encher os saquinhos de terra, cosê-los e contar-lhe outra vez a história do Diabólico Triâmbulo das Barbudas.
Na 2ª Caixa o menino está no meio. Tem dois olhos redondos como dois olhos redondos.
Com uma vontade inquieta de saltarem das órbitas.
Para verem mais.
Para verem melhor.
Para verem tudo.
O Maninho tem bichos-carpinteiros e sabe bem que tem, porque quer ficar quieto e não fica.
Quer obedecer à mãe e não consegue.
Quer ter boas notas e não chega lá.
Quer pensar e não tem tempo.
O Maninho tem bichos carpinteiros que lhe carpinteiram a vida.
Prá frente e pró lado e pra cima e pra baixo e pra cima, como se fosse um pássaro e esvoassasse.
O Maninho é um gavião.
Não voa.
E "o Gavião não voa porque leva muito peso não costas."
É o que dizem, a mãe e as vizinhas.
Mas o puto está sempre pronto pra rir.
Mesmo quando a coisa não tem muita graça.
Mas uma coisa que não tem muita graça é muito engraçada. Pró Maninho, claro!
Quando for grande quer ser faroleiro das Merlengas ou do Triâmbulo Diabólico das Barbudas.
A mãe conta-lhe, à noite, que o Triâmbulo leva as pessoas para longe de tudo.
Rouba-as aos sítios, fá-las desaparecer com o barco, de repente.
Se ele for faroleiro do Triâmbulo há-de descobrir para onde vão as pessoas e aí salta do farol e apanha boleia e não volta mais.
O miúdo tem na mão 3 saquinhos de terra que lhe fez a mãe.
Já é a centésima milionésima vez que o Maninho rasga os saquinhos sem conseguir controlar a vontade de espalhar a terra por todo o lado, esbracejar em todas as direcções.
É a coisa mais engraçada do mundo!
Ele farta-se de rir e só quando os saquinhos se esvaziam é que ele se cala e sossega.
E quando pensa muito na mãe que vai gritar com ele e ficar triste com a vida.
Depois o Maninho sorri.
Os olhos dele entram em rotações e em translacções.
Porque ele sabe que a mãe lhe vai encher os saquinhos de terra, cosê-los e contar-lhe outra vez a história do Diabólico Triâmbulo das Barbudas.
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