sexta-feira, março 17, 2006

Empate técnico




O telefone tocou. Três vezes. E ela pensou em nem pensar em atendê-lo. Era um jogo de resistência: o telefone a tocar a 4ª vez, a 5ª e ela agarrada à linha do livro, tantas vezes quantas o telefone tocasse. Até a linha do livro não fazer qualquer sentido e o toque do telefone também não. Como um empate técnico.

1 Comentários:

Blogger Ruiva disse...

Há silêncios que de tão ensurdecedores se ouvem por uma vida toda, especialmente se for uma não vivida!
Há telefones que gritam para lá da urgência dos dias para ficarem suspensos na quietude do eu!
Há linhas que paradoxalmente só dizem o que nunca foi escrito!
Até há o não haver...

2:25 da manhã  

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