quarta-feira, novembro 17, 2004

A Bondade do Sr.


Não sei o que faço aqui a escrevinhar.Disseram-me que era mais seguro e mais apropriado.Não preciso de segurança.Não temo impropriedades.Como também não sei o que faço a escrevinhar por outros lados a pergunta em si não tem qualquer sentido.Como nada disto.
Entretanto fica o aviso à navegação: o sem-abrigo da Louis Vuitton ainda está vivo e já tem mais dois cobertores.Terá sido Ele que lhos deu? Como dizem que o Senhor dá o frio consoante a roupa...ou será que se referiam ao Sr. Vuitton e eu confundi tudo?

É óbvio que não consigo confundir este ecrã com a intimidade do papel.Tão óbvio quanto o que ainda não ficou em letra.Quem sabe amanhã o dê é outro.

No Princípio era Difícil...

...escrever fosse o que fosse. Ainda por cima calhou-me o princípio na tarde de um domingo que inclui tudo menos o direito de recusar seja o que for. Assim, opto por um prenúncio idiota do que há-de seguir-se: encheram-nos os centros comerciais de luzinhas e de dourados, querubins e outros seres apalermados. Será que desta vez o Natal não podia mudar-se mesmo para outro dia qualquer?Para o próximo Inverno?Para quando os sem-abrigo em que tropeço nas Avenidas da Liberdade (adormecidos, por hipotermia, às portas das Louis Vuitton) deixassem de escarnecer deste nossa veleidade de um mundo feliz?